Janeiro de 1990

Ontem a noite depois da faculdade, estava conversando com uma pessoa especial para mim, que me dizia que a sociedade em geral não a aceita do jeito que é, e sempre aparece alguém para ressaltar seus "pontos fracos". Depois de tanto conversar, cheguei a pequena conclusão de que a sociedade nos aceitar ou não, depende unicamente da nossa própria aceitação.

Por experiência própria. Minha vida toda me incomodava o fato de eu ser magra e sempre aparecia alguém para criticar, para fazer alguma piada sem graça ou até mesmo alguém que me olhava torto. Eu me perguntava porque sempre tinha alguém pra criticar minha magreza e me colocar para baixo.

Enquanto eu não tirei o foco da minha magreza, as coisas não melhoraram... Então percebi que quando você foca em algo, gasta suas energias com aquilo, você reforça essa coisa... Entende? Façam um teste por uns meses: parem de se incomodar com seus corpos etc. Tire o foco de tudo que os incomodam. Com o tempo, a implicância das pessoas desaparecem. É importante perceber que o mundo só muda, quando a gente muda primeiro.

Conversamos e a madrugada chegou. Fui dormir pensando nas voltas que o mundo dá.

De uns meses para cá, venho aprendendo com minhas decepções e apego, que antes de querer ser feliz com alguém, é fundamental que antes, sejamos felizes sozinhos. É um erro grave que cometemos quando passamos a nossa responsabilidade à outras pessoas. Queremos que os outros carreguem nas costas nossos problemas, nossos medos e nossas impotências.

Ficar mendigando ou exigindo atenção só mostra o quanto somos fracos e inseguros. Nem sempre as pessoas estão dispostas ou totalmente disponíveis para alimentar nossa carência, para nos servir de muleta, afinal, elas têm vida própria, emprego, casa, estudo e a si mesmas para cuidar. 

Pesquisando sobre o assunto, e me observando, percebi que erramos quando queremos que o outro cuide de nós como se fossemos crianças que precisam de atenção e mimos. Os relacionamentos seriam mais saudáveis se cada um cuidasse de si. E logo, devo dizer que não falo de egoísmo, e sim da capacidade que todos deveriam ter de se amar,  para enfim poder amar o outro.

Não podemos ter lá fora, o que não temos aqui dentro. Carinho, consideração, atenção, amor, respeito, apoio, valorização, confiança, felicidade, etc, tudo tem que vir de nós para com nós mesmos. O resto é consequência e vem por acréscimo.  Depois de vários tropeços,entendi que ninguém pode cuidar de mim, muito menos me fazer feliz 365 dias. A felicidade depende de como eu encaro a vida, e principalmente, da proporção do amor que tenho em mim.

Hoje fazemos 1 ano e 7 meses de namoro e por isso estou muito feliz! Sou grata por ter conhecido alguém que mudou os meus dias - para melhor. Alguém que está me mostrando uma maneira diferente de enxergar a vida: sempre vendo o lado bom das coisas e valorizando os momentos.  Você chegou de repente, me fez mudar os planos. Mudei. Arrisquei.

1. Adoro quando você me pega como se eu fosse uma criança (igual na foto ali de cima) e quando deixa eu sentar no seu colo;
2. Adoro quando você me liga para jogar conversa fora;
3. Adoro quando sou o motivo do seu sorriso;
4. Adoro quando me abraça até estralar minha coluna;
5. Adoro seus beijos;
6. Adoro quando me chama de macaquinha;
7. Adoro quando deita nos meus ombros e deixa eu fazer cafuné até você cochilar;
8. Adoro quando toca guitarra, violão e quando canta;
9. Adoro seu cabelo, suas roupas, sua barba;
10. Adoro o amor que você me dá.