Mulheres que inspiram: Gabriella Chame

                                   

Nome/Cidade/Estado:
Gabriella Chame. Rio de Janeiro, RJ.

Profissão:
Arquivista.

Fez, faz faculdade ou tem vontade de cursar? Qual curso?
Sim! Fiz Arquivologia na UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Estou entregando minha monografia. Agora trabalho com digitalização de fotos dos anos 1950.

Indique um livro interessante que você acredita que todos deveriam ler.
“1984” do George Orwell. É maravilhoso e cada dia mais real.

O que você pensa sobre o padrão de beleza feminino ditado pela sociedade?
É bizarro, mas não acho que seja o padrão que a maioria diz. Dizem sempre que o padrão é ser magra e cabelo liso, mas a real, é que o padrão é se odiar e ser infeliz tentando ser uma boneca. Digo, eu sou magra, cabelinho fino e liso, e não amo tanto assim meu corpo. Sempre me senti fora do padrão, apesar de parecer com ele. Querem sempre que você tenha um pouco menos de celulite, uns centímetros a mais, um cabelo sem frizz, sobrancelhas preenchidas. O padrão é não ser suficiente e não se amar nunca. Isso é o mais assustador de tudo. Acho que é uma forma de distrair a gente do que realmente importa.

Você já sofreu algum preconceito/machismo por ser mulher? Pode nos contar?
Já. Nunca em ambiente acadêmico ou profissional, mas fora dele.... Muito. Namorado que adora um “eu posso e você não”, “fica em casa que vou sair”, boatos de que eu era “piranha” porque sempre respondia a verdade sobre as minhas atitudes, parentes com aquela velha história de “você não pode”, “o que os vizinhos vão dizer”, “muito feio mulher falar palavrão”, e assim vai. Sorry, guys, podem ir pra puta que pariu, vou ficar aqui com minha catuaba ahahah Ah! Fora assédio na rua, né? Me meto em uma briga por semana.


Para você, o que significa uma mulher se valorizar?

Acho que é a mulher SE respeitar.  Saber dizer “não” é fundamental. As vezes a gente acha que tem que dizer “Sim” pra tudo, seja pra essas imposições de “Você não pode fazer isso porque é mulher”, seja pras libertações do “Você pode fazer isso! Você é livre!”. Afinal, não é porque você pode, que quer.  Acho que uma mulher que se valoriza, é aquela que não fica esperando ser escolhida ou receber instruções. Seja por um homem ou por ideais. Ela escolhe o que lhe convém fazer ou não, de acordo com o que ela quer e acha que vai ser bom pra ela. Não importando se disseram que era careta demais, moderno demais, feio ou bonito. Ela se respeita muito pra ir na onda dos outros.

Para melhorar sua autoestima, o que você faz?
Compras! Só RuPaul pode me julgar ahahahaha (Sério, eu tenho que parar com isso).


Sobre a luta das mulheres pelos seus direitos, que incentivo você pode dar as outras mulheres?

Amiga, lute pelo que você acredita e não se desgaste tentando convencer machistas. Empodere suas amigas nas pequenas coisas. Em vez de falar “ai amiga você tem que ser feminista”, seja feminista com ela, mostre isso em empoderamento. Aliás, selecione bem quem você quer ao seu redor, não vale a pena socializar com gente que não quer te dar seus direitos!

Tem algum blog ou site que você escreve e queira compartilhar?

Eu tenho um blog: https://odiadocoelho.wordpress.com/
E no instagram eu sou @gabriellachame.

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